O ANO NOVO COCHILA NO CORAÇÃO HUMANO
A palavra réveillon vem do francês réveiller , que significa “acordar”. Tem a ver com o acordar do ano, o despertar do novo, a restauração do vigor, a recomposição da energia. De minha parte, gosto do menos pomposo “ virada” , que é mais robusto e impetuoso. Virada é reviravolta, conversão, mudança. Traduz um tipo de oportunidade, de nova chance, de pirueta existencial – coisa de muita urgência, como se sabe. Virada tem um pouco de revés, guinada e revolução. É alteração de rumo, saída do marasmo e da apatia que entope as veias, pesa os ossos e entulha o ar de coisa irrespirável. Lembra mutação, metamorfose e todo risco que estão nelas, a instabilidade e o sacrifício de tudo o que é novo. Numa competição, virada é a última etapa, quando o perdedor reage e vence o jogo. É emocionante demais! Palavra segura, de quem faz o que precisa ser feito, dando o último gole de fôlego para a tarefa que lhe pertence. E com isso, impressiona, faz o coração acordar. Toda virada traduz u