QUANDO A JUSTIÇA VIRA ÓDIO: VAVÁ FOI ENTERRADO SEM O ÚLTIMO BEIJO DE LULA
A negação do pedido do ex-presidente Lula para velar e enterrar o corpo do seu irmão é mais uma página triste da politização do poder judiciário brasileiro. Tal proibição contraria o artigo décimo da Lei de Execuções Penais. A única explicação cabível é que, nesse caso, trata-se de uma estratégia vexatória, incitada pelo ódio de classe que vem movendo parte do judiciário em torno da prisão do ex-presidente. Não está em jogo agora a discussão de sua inocência, mas o cumprimento da lei, o que é obrigação das autoridades em qualquer regime democrático. É por isso que todas as estátuas que representam a justiça têm os olhos vendados: ela não pode julgar a pessoa, mas o caso, segundo a ordem vigente. Se está na lei, a decisão independe de seu beneficiário. O contrário é estado de exceção, uma afronta à democracia e às próprias instituições que deveriam se empenhar para seu pleno cumprimento. A negação é um ato desleal com a democracia e desumano com o ex-presiden