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Mostrando postagens de abril, 2016

POR QUE O PROFESSOR MERECE APANHAR DA POLÍCIA?

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Foto: Daniel Castellano/Agência Gazeta do Povo Na República de Curitiba, alguns sórdidos desejos da nação já se realizam. Há exatamente um ano, o governador do Paraná, Beto Richa e seus aduladores, colocaram a polícia contra professores e professoras, repetindo com a mesma repugnância, o que seu colega Álvaro Dias tinha feito em 1988. Embora as cenas tenham percorrido o mundo, o crime vem sendo cimentado pela impunidade. Na cabeça desses senhores, o professor merece apanhar. Por que? * * * Ele escolheu uma profissão precária. Na porta do banheiro do bloco onde ele estudou, está escrito – entre ironia e violência – que aquele é o lugar dos fracassados. Ele não teve capacidade ou dinheiro para ir mais longe, por isso estacionou na sala de aula, onde aprendeu aos poucos, a manejar uma triste arte da sobrevivência, em meio às precariedades, que incluem a falta de materiais, os baixos salários, os desinteresses e as agressividades de uma sociedade inteira. E por isso, e

LANÇADA TERCEIRA EDIÇÃO DA COLEÇÃO “SABEDORIA PRÁTICA”

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                Acaba de ser lançada pelo selo PUCPRess, da Editora Champagnat, a terceira edição da coleção “Sabedoria Prática”, de Jelson Oliveira, professor do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da PUCPR. Na nova edição, os três livros que formam a coleção saíram com novas capas, que destacam o tema de cada obra: o primeiro volume “Sabedoria Prática”, é ilustrado com uma casa à beira do rio, em referência à tarefa da filosofia de conferir os alicerces da nossa vida; o segundo, intitulado “Filosofia da viagem”, traz a bicicleta, símbolo do espírito livre e da coragem de viajar; o terceiro, “Elogio à simplicidade” recupera a imagem da árvore, que nos coloca diante do sentido mais primordial de todas as coisas.                Essas três imagens são metáforas filosóficas da reflexão proposta por jelson Oliveira sobre o sentido de habitar a casa, sobre a coragem da aventura para além das seguranças e sobre a necessidade de vivermos de forma mais simples. Casa, bicicleta e

SOBRE A TÉCNICA DAS GUERRAS E O DILEMA ÉTICO DOS DRONES

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O novo filme de Gavin Hood estreou essa semana na Inglaterra, com a sempre deslumbrante Helen Mirren, corajosamente grisalha como nunca. Eye in the sky , é um trailer enxuto e direto, com considerável carga emocional e uma aguda tensão em torno do uso de uma nova tecnologia de guerra, o drone. De um lado, o filme investe na “humanidade” dos personagens, nas suas motivações e dilemas; de outro, ele dá atenção às “máquinas” voadoras, que vão de aviões a aves e insetos de olho e aço. Dessa tensão, nasce o problema central da trama: as relações de poder entre quem pilota o drone e quem é vítima dele. O panorama é a luta contra o grupo terrorista al-Shabaab , da Somália. Gente de vários lugares do mundo, sentados em seus gabinetes e salas blindadas, coordenam uma ação secreta moldurada por máquinas aéreas que levam o olho da tecnologia para todos os lugares. Nessa guerra, tudo parece asséptico. Nenhum soldado em risco.   Nenhuma vítima colateral. Até que surge a garota de vermel