CUIDADO, O PROFESSOR É UM CRIMINOSO. Sobre o projeto "escola sem partido"
Foi-se o tempo em que ser professor era motivo de orgulho e deferência. Foi-se o tempo em que o professor era um vocacionado e em função disso tinha algum estatuto honorífico. Descontado o exagero e o romantismo obsoleto, fato é que muitas sociedades reconheciam essa profissão como socialmente decisiva e amplamente respeitável. Dá saudade! Embora muitas vezes esse respeito não se desdobrasse em reconhecimento profissional, nenhum político tinha a coragem de colocar a polícia contra ele, cachorro e camburão. Os exemplos recentes do Paraná de Richa e de São Paulo de Alckmin – só para ficar nos dois casos mais noticiados – mostram que as coisas mudaram mesmo. O magistério perdeu prestígio. E os cursos de licenciatura perderam candidatos. Há algo muito mais grave em processo, contudo. Hoje o professor não é só desprestigiado, ele passou a ser tratado como um bandido, um criminoso. Como se não bastassem os baixos salários, a falta de um plano de carreira adequado, as jornad